Na publicação referida no post anterior (Journal Europäischer Orchideen 44 (1): 2012, publicado por Tyteca e Lowe) é referida, a par da O. pintoi, uma outra espécie nova, desta vez do grupo O. omegaifera: a Ophrys lenae, cujo nome provém do Rio Lena, em cuja proximidade é encontrada.
Escuso de repetir as considerações relativas à sistemática, incluídas no post anterior, pelo que me limito a tentar descrever as características.
Esta espécie é basicamente um hibrido entre O. fusca e O. dyris, mas não ocasional, tendo evoluído para formar populações estáveis. O híbrido ocasional tem a designação de O. ×brigittae.
O sulco na base do labelo é moderado (entre os das O. fusca e O. dyris), e as dimensões relativas do mesmo são mais perto do quadrado que do retangular. O labelo tem uma forte curvatura longitudinal.
No mesmo local havia Orchis mascula, Ophrys tenthredinifera, Himantoglossum robertianum, e também Ophrys pintoi (curiosamente, e ao contrário do que é referido no artigo acima citado !).
A par de exemplares de altura normal, algumas O. tenthredinifera eram ainda mais pequenas que a O. pintoi. Mas a população desta espécie na zona era quase toda de reduzida altura.
Fotos tiradas em 23 de março de 2013, na Serra de Candeeiros. As plantas encontram-se na generalidade molhadas.
Aspeto do meio
Ophrys pintoi
Comparação entre os labelos de Ophrys pintoi (esquerda) e Ophrys lenae
Grupo de Ophrys lenae
2 exemplares de Ophrys lenae
2 vistas da mesma flor
Curvatura longitudinal da flor
4 vistas de outra flor
Diversas flores de O. lenae
O. tenthredinifera anã
Pormenor da flor
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