As plantas vulgarmente chamadas orquídeas pertencem à família dos Orchidaceae, que inclui mais de 20.000 espécies em todo o mundo. Têm sido criados inúmeros híbridos por cruzamentos entre as espécies, dado as orquídeas terem elevado valor como planta ornamental.
Grande parte destas plantas são epífitas, ou seja, não vivem no solo mas sim sobre outras plantas.
As orquídeas terrestres, não sendo capazes por si de sintetizar os alimentos como a generalidade das plantas, têm uma peculiar aliança com um fungo subterrâneo – chamado michrorriza – o que lhes permite assim obter a partir da água, do ar e dos sais minerais os compostos que as outras plantas sintetizam naturalmente pela chamada função clorofilina.
Por esta razão, as orquídeas normalmente não vivem isoladas, sendo possível encontrar por vezes grandes grupos em zonas bem delimitadas.
Em Portugal Continental, estão presentes pouco mais de 70 espécies, todas terrestres. Existem algumas espécies que só existem em zonas muito restritas, como por exemplo, nas Serras de Montesinho, do Caramulo ou do Buçaco.
As orquídeas estão presentes um pouco por todo o país, sendo mais abundantes nas zonas calcáreas, como por exemplo a Serra de Aire e Candeeiros, a Serra de Montejunto, a Serra da Arrábida e a Serra do Caldeirão. Mas encontram-se em todo o país, excepto em zonas muito secas ou muito arenosas.
A época de floração vai de Fevereiro a Maio, e as orquídeas vivem normalmente em grupos, que podem ser extensos. Assim, se encontrar uma orquídea, procure com cuidado pois é provável que encontre outras.
As orquídeas existentes em Portugal não estão sujeitas a estatuto especial de conservação, mas devem ser fotografadas, disfrutadas na sua beleza, mas não estragadas ou colhidas. Não tente apanhar uma orquídea com a intenção de a plantar em casa, porque não conseguirá. Lembre-se que sem o fungo presente no solo, esta planta não consegue sobreviver ...
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