Pois faltou um bocadinho … assim … Estou a referir-me às minhas observações em 2013 de 2 das orquídeas terrestres raras em Portugal: Cephalanthera rubra e Epipactis fageticola.
Em saídas da AOSP, por terras de Bragança e na Serra da Estrela, encontrámos exemplares destas espécies. Em outros anos, já floridas nessa altura do ano. Mas este ano, chuvoso quando não era preciso, e seco quando não devia, a generalidade das orquídeas estará atrasada 2 a 3 semanas, mas outras nem chegam sequer a florir, por falta de água na altura certa.
São ambas espécies que vivem em soutos, portanto na sombra. Não são plantas robustas. A Epipactis demonstra alguma preferência por terrenos próximos das linhas de água, o que é patente pela altura de inserção das primeiras folhas.
A Cephalantera rubra está há muito referenciada para Portugal, embora somente para Trás-os-Montes. Quanto à Epipactis fageticola, trata-se de uma descoberta recente, no Souto do Concelho, Manteigas.
Epipactis fageticola - Ribeira de Leandres, souto do Concelho, junto ao Poço do Inferno, Manteigas
Cephalanthera rubra – Fresulfe, Bragança
Epílogo: A Serra da Estrela não fica assim tão longe de Lisboa, ao contrário de Bragança (metade do caminho!). Pelo que passada uma semana, meti-me outra vez à estrada para tentar fotografar a Epipactis fageticola com a flor aberta. E com sucesso ! Aqui está ela. Notar o hábito pendente da influorescência.
Objetivo para 2014: observar a Gymnadenia conopsea, outra das raridades, que só existe nas serranias do Gerês. E já agora, à boleia, a Dactylorhiza ericetorum, mais vulgar, mas que ainda não encontrei. O amigo Américo Pereira sabe onde elas estão! Então um hibrido entre as duas, seria ...extraordinário.
Já tivemos o privilégio de encontrar, este ano pela 1ªvez, um híbrido entre as duas. E, para concluir uma expedição em beleza, algumas G. conopsea 'albinas'.
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