Quem vê fotografias espetaculares da Neotinea ustulata e depois vai à procura dela, está à espera de uma planta robusta, com uns 50 cm de altura (ao estilo da Dactylorhiza caramulensis).
Agora se afinal não passa dos 8 - 10 cm (como a Ophrys pintoi), é preciso redirecionar a vista para plantas mais pequenas. Costumamos dizer que o complicado é encontrar a primeira, porque a partir daí os olhos com facilidade encontram mais.
Longo preâmbulo para dizer que inicialmente só olhava para a Gymnadenia conopsea e não via a Neotinea ustulata, embora na zona dos Lagos de Saliencia, no Alto da Farrapona, em Somiedo, Astúrias, a primeira tenha apenas o dobro da altura da segunda.
Mas finalmente, com as preciosas indicações do amigo Américo Pereira, encontrei a orquídea que me faltava, das existentes em Portugal.
Em Portugal apenas é conhecida uma localização, junto a São João da Pesqueira, e perdi algum tempo, à chuva, a tentar encontrá-la, no passado mês de abril. Já era a terceira tentativa em 3 anos consecutivos, desde que José Brites Monteiro descobriu essa população. Mas em vão. Estava escrito que teria que ir bem para Norte para fotografar esta espécie delicada e belíssima.
E lá estava ela, na companhia da Gymnadenia conopsea e da Dactylorhiza maculata, que neste local tem também um porte reduzido.
Esta Neotinea ustulata, anteriormente designada por Orchis ustulata, depois de inicialmente ser denominada Neotinea ustulata por Carl Linnaeus em 1753, é uma orquídea delicada e muito bela.
Fotografias tiradas em 25 de junho de 2015.
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