Esta designação (sub-grupo) é de P. Delforge. A Dactylorhiza maculata (tal como a Orchis coriophora, referida anteriormente) também está incluída num (vasto …) grupo de orquídeas com alguma variabilidade ecológica e morfológica, que leva a alguma discussão relativamente à sua classificação taxonómica.
Em 1946, Gonçalo Sampaio na sua Flora Portuguesa considera a existência da Orchis maculata (o género Dactylorhiza ainda não tinha sido proposto nesta altura). Pormenor interessante, considera que existe apenas na Serra do Caramulo uma Orchis latifolia, hoje sinónimo de Dactylorhiza majalis.
J. Amaral Franco, na Flora de Portugal, volume III, fascículo III (2003), considera a existência em Portugal da espécie D. maculata, e das sub-espécies caramulensis Vermeulen (1970) e ericetorum (E.F.Linton) P.F.Hunt & Summerhayes (1965).
As diferenças consideradas na Flora de Portugal são as seguintes:
Em 1946, Gonçalo Sampaio na sua Flora Portuguesa considera a existência da Orchis maculata (o género Dactylorhiza ainda não tinha sido proposto nesta altura). Pormenor interessante, considera que existe apenas na Serra do Caramulo uma Orchis latifolia, hoje sinónimo de Dactylorhiza majalis.
J. Amaral Franco, na Flora de Portugal, volume III, fascículo III (2003), considera a existência em Portugal da espécie D. maculata, e das sub-espécies caramulensis Vermeulen (1970) e ericetorum (E.F.Linton) P.F.Hunt & Summerhayes (1965).
As diferenças consideradas na Flora de Portugal são as seguintes:
Como é patente, a D. ericetorum seria uma planta de porte mais delicado e a D. caramulensis teria um porte mais robusto.
A Flora Iberica considera estas “subespécies” como “formas”, extremos de variação, só admitindo a designação D. maculata.
A “subespécie” caramulensis é considerada como uma forma robusta, com brácteas mais largas e o esporão maior e mais espesso existente no Norte de Portugal e zonas vizinhas Espanholas.
A “subespécie” ericetorum, existente nas turfeiras Cantábrico-Atlanticas, teria um porte mais delicado, flores mais pálidas e esporão mais curto.
Em 1989, Tyteca propôs uma nova espécie - Dactylorhiza caramulensis – para denominar o que antes em 1970 Vermulen tinha designado por subespécie. Tomou como tipo as plantas robustas existentes na Serra do Caramulo.
P. Delforge também considera a existência das 3 espécies, maculata, caramulensis e ericetorum.
A Flora Iberica considera estas “subespécies” como “formas”, extremos de variação, só admitindo a designação D. maculata.
A “subespécie” caramulensis é considerada como uma forma robusta, com brácteas mais largas e o esporão maior e mais espesso existente no Norte de Portugal e zonas vizinhas Espanholas.
A “subespécie” ericetorum, existente nas turfeiras Cantábrico-Atlanticas, teria um porte mais delicado, flores mais pálidas e esporão mais curto.
Em 1989, Tyteca propôs uma nova espécie - Dactylorhiza caramulensis – para denominar o que antes em 1970 Vermulen tinha designado por subespécie. Tomou como tipo as plantas robustas existentes na Serra do Caramulo.
P. Delforge também considera a existência das 3 espécies, maculata, caramulensis e ericetorum.
Posto isto, vamos a casos concretos.
Em primeiro lugar, as plantas da Serra de Montemuro, junto a Cinfães. Fotografei-as em Maio de 2006. Parecem-me típicas caramulensis.
Em segundo, os exemplares da Serra da Estrela, que fotografei no dia 29 de Junho do ano passado, numa deslocação da AOSP à Serra da Estrela – onde vi pela primeira vez Epipatis fageticola, no Souto do Concelho.
Passei então por 2 locais onde existem exemplares do género Dactylorhiza:
- em frente à Lagoa Comprida
- no fim da subida de Manteigas, depois do Covão da Ametade
Os primeiros (L. Comprida) pareceram-me D. caramulensis, enquanto que os últimos levantam-me algumas dúvidas. As diferentes exposições solares dos 2 locais podem no entanto explicar as diferenças de porte das plantas.
(Lagoa Comprida)
(Covão da Ametade)
Em terceiro lugar, as plantas do Gerês, onde as fotografei o ano passado em Julho quando andava à procura da Gymnadenia conopsea, e também este ano agora em Maio, quando o amigo Américo Pereira me guiou até ao Borrageiro. Parecem-me típicas ericetorum.
Em quarto lugar, fotografias tiradas este ano nos lameiros do Monte Santa Isabel, Terras de Bouro. Dactylorhiza ericetorum.
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